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O Coração é o Motor, a Mente é o Volante

O Coração é o Motor, a Mente é o Volante Há momentos na vida em que sentimos que o coração quer correr, mas a mente puxa o freio. Em outros, é a mente que acelera, enquanto o coração parece estacionado. Entre esses dois movimentos — impulso e direção — se desenha o caminho humano. O sentimento é o motor. É ele que nos faz levantar da cama, sonhar, insistir, amar, criar, recomeçar. Sem o calor do coração, a vida se torna uma rotina automática, um carro parado na garagem da razão. O motor é o que dá força, é o que transforma vontade em movimento. Mas o pensamento é o volante. Ele nos ajuda a escolher o rumo, a evitar curvas perigosas, a ajustar o trajeto quando erramos. Sem o volante, a potência do coração pode se tornar descontrole. A emoção sem consciência pode atropelar o próprio caminho. Viver é, portanto, aprender a dirigir o próprio destino : sentir profundamente, mas pensar com clareza; agir com amor, mas também com sabedoria; acelerar quando o coração pede, mas frear quando ...

Herança e ruína: o ciclo inevitável das elites

Herança e ruína: o ciclo inevitável das elites É natural que os ricos e poderosos queiram perpetuar seu domínio de geração em geração. Desde os impérios antigos até as dinastias econômicas modernas, o desejo de continuidade sempre acompanhou o poder. No entanto, há um limite invisível que nenhuma herança consegue transpor: a impossibilidade de transmitir experiência, sabedoria e discernimento. Por essa brecha, aberta entre o que se pode possuir e o que só se pode aprender, o mundo se renova. É nesse espaço que o novo tem chance de surgir — e onde os que hoje estão à margem podem encontrar caminhos para ascender. Não é necessário temer os poderosos como se fossem invencíveis ou eternos. O desafio real não está em enfrentá-los diretamente, mas em compreender que, a cada geração, o poder precisa ser reconstruído. Os filhos dos ricos não herdam automaticamente as qualidades que sustentaram a ascensão de seus antepassados. Herdam, sim, bens e privilégios — mas não a sabedoria que se forma n...

Como a comida africana dos "pobres" se tornaram nas mais caras "super comidas Europeus"

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Como a comida africana dos "pobres" se tornaram nas mais caras "super comidas Europeus". A Política Africana da Alimentação: Resistência, Memória e Soberania 1. A Colonização do Paladar O colono europeu não quis apenas dominar a terra — quis reeducar o apetite . Ele compreendia que a comida nativa era mais do que nutrição : era identidade, espiritualidade e autonomia . O africano que plantava e comia o que sua terra lhe dava não dependia do império . Por isso, o colono buscou substituir o sabor da liberdade pelo gosto da submissão . Alimentos ancestrais como o inhame africano (Dioscorea rotundata) , o milheto , o sorgo e o fonio foram depreciados como “comida de escravo”, “de pobre”, “primitiva”. Em seu lugar vieram cultivos coloniais, os alimentos que hoje consumimos — milho híbrido, batata-reno, trigo e arroz asiático — plantas que exigiam sementes controladas, fertilizantes e dependência de mercados externos. Era uma política disfarçada de progresso, mas s...

Os Controladores: O Saber Corrompido

Os Controladores: O Saber Corrompido O tempo já provou que o homem ama o poder — e busca perpetuá-lo apenas para si. Fazemos isso continuamente, tanto nas pequenas relações da família quanto nas grandes estruturas da sociedade. Quer se creia ou não, há forças — grupos, sistemas, inteligências — que exercem controle sobre o mundo. A eles foram revelados segredos e princípios da criação, mas, em seu orgulho, escolheram ocultá-los. Privaram a humanidade da luz que poderia libertá-la, preferindo guardá-la para alimentar o próprio domínio. Mas o mal maior não foi apenas esconder a água limpa — foi turvá-la para os outros. Como disse o profeta: “Não basta beberdes água limpa? Ainda haveis de turvar o resto com os vossos pés?” — Ezequiel 34:18 Em vez de transmitir a verdade que receberam, misturaram-na com falsidade, deturparam-na com teorias enganosas e revestiram o simples com complexidades inúteis. Assim, o homem comum perdeu o acesso ao essencial — à pureza do saber, à comunhão com ...