Os Controladores: O Saber Corrompido

O tempo já provou que o homem ama o poder — e busca perpetuá-lo apenas para si.
Fazemos isso continuamente, tanto nas pequenas relações da família quanto nas grandes estruturas da sociedade.

Quer se creia ou não, há forças — grupos, sistemas, inteligências — que exercem controle sobre o mundo.
A eles foram revelados segredos e princípios da criação, mas, em seu orgulho, escolheram ocultá-los.
Privaram a humanidade da luz que poderia libertá-la, preferindo guardá-la para alimentar o próprio domínio.

Mas o mal maior não foi apenas esconder a água limpa — foi turvá-la para os outros.
Como disse o profeta:

“Não basta beberdes água limpa? Ainda haveis de turvar o resto com os vossos pés?”
— Ezequiel 34:18

Em vez de transmitir a verdade que receberam, misturaram-na com falsidade, deturparam-na com teorias enganosas e revestiram o simples com complexidades inúteis.
Assim, o homem comum perdeu o acesso ao essencial — à pureza do saber, à comunhão com o divino, à harmonia consigo mesmo e com a natureza.

E assim violaram outro princípio antigo:

“Não terás duas medidas, um peso grande e outro pequeno... peso justo e medida justa terás.”
— Deuteronômio 25:13–16

Usam duas medidas do saber: uma para si (a ciência oculta) e outra para o povo (a pseudociência).
Exigem pureza, mas espalham confusão; pregam luz, mas cultivam sombra.
Tomaram os pilares da sociedade — a educação, a ciência, a cultura, a política, as finanças, a saúde, a alimentação— e até a religião, transformando cada um em instrumento de deseducação e manipulação.

- Enquanto as massas esquadrinham os macacos em busca de evidências humanas, eles buscam apoteose.

- Enquanto ocupam a mente e o tempo das multidões com uma Terra globo e suas fantasias, estudam como romper a cúpula da verdadeira Terra plana.
- Enquanto ensinam que os oceanos se curvam, usam a própria água — que jamais se curva — como nível em suas construções.
- Enquanto você estuda como fazer ferros voarem, eles aprendem com as abelhas a levitar objetos pesado com o auxílio do éter.
- Enquanto você busca energia livre e abundante, desviam sua atenção da tecnologia natural que a possui - o vagalume.
- Enquanto lhe dizem que nada é mais veloz que a luz, estudam o som — pois sabem que ele a precede.

Tem dúvidas?
Observe o relâmpago e o trovão nas chuvas.
O que chega primeiro até você: o som ou o relâmpago?

Devo continuar?

Pseudocientistas são enaltecidos até as nuvens; suas obras, ensinadas obrigatoriamente nas escolas.
Os verdadeiros pesquisadores, porém, são silenciados, desacreditados, excluídos da sociedade — alguns mortos, e suas obras, confiscadas ou destruídas.

O homem natural, que vive em harmonia com a terra e as leis simples da criação, mostra-se muitas vezes mais justo, coerente e sensato que o estudioso que se gloria no saber corrompido.
Os grandes feitos e avanços tecnológicos não são fruto do conhecimento divulgado, mas de fontes e práticas ocultas.
Assim, o sistema alimenta a frustração e o desencanto, mantendo o homem preso à ilusão de progresso.

E Paulo descreveu esse estado de alma:

“Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça.
Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou.
Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas; para que fiquem inescusáveis.”

— Romanos 1:18–20

O orgulho humano — essa ânsia de poder e domínio — é a raiz de toda corrupção.
O mesmo coração que recebe a luz é o que escolhe ocultá-la; o mesmo que bebe da fonte pura é o que turva as águas.

Mas a verdade, ainda que escondida, não morre.
Ela repousa nas almas que não se curvam às medidas duplas, nem se alimentam da água turva.
Ela aguarda aqueles que buscam não o poder, mas a pureza; não a glória dos homens, mas a justiça de Deus.