O Arquiteto e o Mestre de Obras: uma analogia sobre a geração da vida

Na arte de construir, existem duas figuras fundamentais: o Arquiteto, que sonha e desenha o projeto, e o Mestre de Obras, que o interpreta e o transforma em realidade. O Arquiteto imagina a estrutura antes de ela existir. Cada linha, cada detalhe e proporção são pensados com cuidado. Ele não põe as mãos na massa, mas concebe a essência daquilo que virá a ser.

Quando o projeto está pronto, ele o entrega ao Mestre de Obras — aquele que compreende o plano, traduz as ideias em forma, e faz nascer da terra o que antes era apenas conceito. O Mestre de Obras é quem dá corpo à visão.

"Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez." João 1:3

De modo semelhante, podemos olhar para o mistério da geração da vida. O marido é como o Arquiteto: carrega em si o projeto da vida, condensado no sêmen — um código que não é mero líquido, mas a planta invisível de um novo ser. A esposa, por sua vez, é como o Mestre de Obras: acolhe o projeto e, com sabedoria natural, começa a edificá-lo dentro de si. Célula a célula, forma-se um corpo. Batimento a batimento, surge uma alma.

O resultado desse trabalho conjunto é uma obra viva, única e irrepetível — o filho —, que traz em si a marca do projeto original, mas também o toque, o ritmo e o calor do ventre que o formou.

Assim, a vida nasce da cooperação entre quem concebe e quem concretiza, entre a ideia e a forma, o plano e a matéria. Uma parceria que vai muito além da biologia: é uma dança entre o invisível e o visível, entre o sonho e a construção, entre o Arquiteto e o Mestre de Obras da própria existência.

Se o marido é o arquiteto, a esposa à mestre de obras, o filho o projeto/obra, quem é o cliente e dono da obra?

Deus, Deus é o dono da obra, Aquele há de avaliar a obra e ver se esta de acordo com Suas necessidades, que aprovará ou reprovará a obra.